FILHOS DO FOGO- DANIEL MASTRAL

07/09/2010 21:47

  Amigos, tenho estado a ler o conjunto de livros escritos por Daniel Mastral, ex-satanista, convertido a Cristo, o qual tem dado alguns conhecimentos ao povo de Deus a respeito do modo de trabalhar do Satanismo. Ao ler este conjunto de livro tenho tirado algumas lições importantes que gostaria de compartilhar convosco. Gostaria também de ter um 'feed-back' vosso a respeito do que vou escrevendo:
1 - Quando adolescente, Daniel pertenceu a um grupo chamado "29". Havia uns tipos na sua escola que estavam sempre a meter-se com ele, e um dia o seu grupo fez uma "espera" a esses tipos. No livro ele comenta que seus amigos do grupo "avançaram sem piedade e eu voei para o outro lado da rua. Eles eram muitos mas a minha turma era maior! Do outro lado da rua havia pelo menos uns vinte moleques da "29", alguns até bem maiores do que nós. Fiquei lisonjeado pela presença de todos, e tão pontualmente." (pág. 72) Quero destacar que ele fez tudo para provocar todos os seus provocadores da escola. Na altura do combate, imagine se seus amigos não fossem pontuais e fieis à palavra? Precisamos disto. Como cristãos, muitas vezes não somos pontuais com os compromissos assumidos, a chegar a horas ao trabalho, à igreja, etc. "Agradeci muito o que tinham feito e comecei a perceber que aquele negócio de honra e compromisso um com o outro era sério de verdade!" (pág. 73)
 
 
 
 
 
2 - "Os papéis começaram, então, a inverter-se. A eminente fama e a certeza de saber-me protegido pelos meus amigos..." (pág. 74). É importante que haja protecção entre os irmãos, no Corpo de Cristo - protecção mútua. Não pode haver ataques uns aos outros, mas antes defendermo-nos mutuamente. É importante saber que se houver alguma coisa, terei irmãos que me protegem. Isto é ser Corpo!
 
 
 
 
 
3 - Na pág. 79, encontramos um exemplo de discipulado. Num dos encontros do grupo "29", pensaram em fazer um roubo. Visto que Daniel ("Catatau") não sabia como fazer, alguns dos elementos do grupo o ensinaram. "Saímos os cinco para a calçada, lado a lado. (...) Em poucas palavras, explicou: "Hoje você só olha, Catatau. Para ver como é que faz, falou? Depois a gente descabaça você! Descabaça queria dizer "fazer a primeira vez". Isso significava que na próxima oportunidade eu faria sozinho, mas ainda com a supervisão deles. E mais tarde o esperado era que eu soubesse me virar por mim mesmo, sem a ajuda de ninguém." Apesar de ser um discipulado negativo, o princípio está correcto: eu faço e você vê, depois fazemos juntos, e a seguir você faz e eu vejo.
 
 
 
 
 
4 - Partilha. "Na gangue, o que era de um era de todos." (pág. 80) Este princípio é muito importante pois nos ensina o princípio da partilha com os nossos irmãos. Já na igreja primitiva vivia-se desta forma. Devemos aprender este princípio de suprir as necessidades uns dos outros, de não sermos egoístas, de darmos aquilo que temos.
 
 
 
 
 
5 - Ainda adolescente começou a aprender Kung Fu... "Todos os outros alunos que haviam começado na mesma época que eu foram aos poucos desistindo, por falta de disciplina e empenho. A arte por si só exercia uma seleção natural sobre o grupo. Muitos começam mas poucos terminam. E eu ia terminar!" (pág. 88) Para caminharmos o Caminho de Cristo é preciso disciplina e muito empenho. O mesmo tem acontecido a muitos que tenho conhecido; têm ficado pelo caminho, pois não são persistentes. Precisamos empenhar-nos em chegar ao final da "carreira", e para isso precisamos ser disciplinados na nossa vida cristã, senão iremos ficar pelo caminho.
 
 
 
 
 
6 - Sobre a importância da disciplina... "Nunca será um Mestre sem disciplina e sem controle de si mesmo!" (pág. 91)
 
 
 
 
 
7 - À medida que Daniel foi crescendo, começou a namorar com uma moça cristã. Ela convidou-o a ir à sua igreja, e infelizmente parte da congregação teve uma má reacção para com ele. Em vez de o amar e o receber bem... (vamos ver) "... naturalmente que percebi a reação das pessoas. Nada mais, nada menos do que a mesma de sempre! Não é porque ali era uma igreja que as pessoas iam deixar de ser preconceituosas. Camila ia me apresentando à medida que cumprimentava os fiéis. "-Oi tudo bem? Este aqui é o Eduardo (Daniel Eduardo Mastral), meu namorado!" "-Namorado, é? Puxa..." As pessoas procuravam sorrir mas a expressão "shocked" era evidente. Alguns se pouparam de me estender a mão. Outro já fizeram absoluta questão de orar por mim. "- Que Jesus te liberte!" (pág. 120) - Enquanto que a Igreja deve ser um local de amor, e boa recepção a todos quanto a ela vão, ali ele sentia-se indesejado, e sempre observado pelos "fiéis". Ele próprio mencionado no livro que ninguém fez questão de sentar perto dele. Precisamos mudar as nossas comunidades para serem lugares onde recebemos todos de braços abertos, mesmo aqueles que são indesejados pela sociedade.
 
 
 
 
 
8 - Na página 136 e seguintes ele descreve um pouco os "bastidores" da família da namorada. A família, cristã, só era um mau exemplo de cristãos. O pai de Camila "falava muito e era extremamente abrutalhado", estava desempregado "porque não queria ser subalterno de ninguém". O dinheiro escasseava até mesmo para a comida. A casa onde viviam era cedida por uma prima rica. Todo o recheio da casa era da tal prima. Ou seja, não tinham onde "cair mortos". Ele critica a comunidade pois esta família pobre não era ajudada pela igreja a sair desta situação. É importante que os cristãos ajudem aqueles que estão em necessidades, porque se não formos nós a ajudarmo-nos uns aos outros, quem ajudará?
 
 
 
 
 
9 - O irmão da Camila era pastor. Seu comportamento tinha muito pouco de cristão. "Outra coisa que me chamou a atenção negativamente foi assistir ao "namoro e noivado" do pastor. Eu ficava constrangido perto deles, tão grande era o "amasso"! Na frente da família, da mãe, das irmãs e de quem quisesse ter saco de ficar por perto. Eu, que não era pastor, e não tinha nenhum nome a zelar, não fazia diante dos outros o que ele fazia com aquela namorada. Para mim, era nojento. Tem coisas que só ficam bem entre quatro paredes!" É muito importante cuidar do nosso comportamento. Como cristãos, devemos procurar viver de uma forma correcta, de acordo com os princípios de Deus, já para não falar da decência.
 
 
 
 
 
10 - À medida que foi convivendo mais de perto com a família da namorada, observou que a sua vida não coincidia com a fé que professavam. "Comecei a achar que Deus não abençoava tanto assim. A desestrutura familiar era completa." (pág. 139)
 
 
11 - Quando Daniel conheceu Marlon, eles eram sempre pontuais. "Esta é uma bela qualidade muito pouco cultivada... aliás, já quase esquecida!", afirmou Marlon. Se os Satânicos prezam pela pontualidade, muito mais, que temos um Deus de ordem. Tudo foi feito por Ele "no tempo determinado."
 
 
12 - Quando Daniel, que tinha um gosto muito peculiar de vestir e pentear-se, à punk, foi apresentado a outros amigos satânicos, "ninguém me olhou feio ou pareceu demonstrar desagrado por causa da minha idumentária." (pág. 169) Quantas vezes vemos pessoas que se vestem diferente de nós, penteiam-se diferente de nós, etc., e nos afastamos delas. O caminho é achegarmo-nos perto delas e sermos "cristo". Agir como Cristo agiria! Quanto ainda temos que crescer!