O LIVRO DE MÓRMON-OUTRO TESTAMENTO DE JESUS CRISTO-

07/09/2010 22:03

 EU LÍ E ME EMPRECIONEI.MAIS NADA ABALA MINHA FÉ!

Resumo

O Livro de Mórmon é um "volume de escrituras sagradas em separado da Bíblia" e faz um "registro da comunicação de Deus com os antigos habitantes das Américas" além de "conter a plenitude de um Evangelho eterno".[1]

De acordo como o relato do próprio livro, ele foi escrito por muitos profetas antigos, pelo "espírito de profecia e revelação". Suas palavras, escritas originalmente em placas de ouro, foram resumidas por um profeta-historiador chamado Mórmon e por este motivo o livro tem este nome até hoje. O registro contém um relato de duas grandes civilizações. "'Uma' veio de Jerusalém no ano 600 a.C. e posteriormente se dividiu em duas nações, conhecidas como nefitas e lamanitas. A 'outra' veio muito antes, quando o Senhor confundiu as línguas na Torre de Babel. Este grupo é conhecido como jareditas. Milhares de anos depois (segundo a obra) foram todos destruídos, exceto os lamanitas, que (de acordo com os relatos descritos na obra) são os principais antepassados dos índios americanos".[1]

Estes registros teriam sido mantidos por profetas que viveram entre esses povos, até que Mórmon, um desses profetas, fez uma compilação desses anais num único volume, gravado em placas de metal. Morôni, filho de Mórmon, recebeu essas placas e acrescentou nas mesmas o seu próprio registro, e ocultou-as segundo orientação que acreditava ser divina.

Na narrativa de Joseph Smith Jr, o restaurador da Igreja "mórmon", Morôni visitou-o em 21 de setembro de 1823, instruindo‑o a respeito do antigo registro e da tradução que seria feita para o inglês. Smith também conta que quatro anos mais tarde as placas finalmente lhe foram entregues, traduzindo-as em seguida, acreditando ter auxílio divino. Joseph Smith Jr publicou sua obra pela primeira vez, em inglês, em 1830, como "The Book of Mormon", ou seja, O Livro de Mórmon, em referência ao personagem do livro responsável pela compilação dos registros. Como resultado do trabalho missionário intenso de membros da Igreja Mórmon, o livro se acha publicado integralmente em 72 línguas, com excertos em mais 32, tendo sido já impressas mais de 120 milhões de cópias. Para os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias esse é um livro sagrado, lado a lado com a Bíblia.
O anjo Morôni, na Colina Cumorah, Nova York, entrega a Joseph Smith Jr. as placas de ouro em 1823

Joseph Smith escolheu três testemunhas para atestar a veracidade do Livro de Mórmon: Oliver Cowdery, David Whitmer e Martin Harris. Recolheu depois mais oito testemunhas registrados nas páginas iniciais do Livro de Mórmon. Fora da tradição Mórmon, não existe verificação histórica desta parte da narrativa de Smith.

Para os Santos dos Últimos Dias, o Livro de Mórmon é uma escritura que complementa a Bíblia, sendo um "Outro Testamento de Jesus Cristo", "destina-se a mostrar aos remanescentes da casa de Israel as grandes coisas que o Senhor fez por seus antepassados; e para que possam conhecer os convênios do Senhor e saibam que não foram rejeitados para sempre, e também para convencer os judeus e os gentios de que Jesus é o Cristo, o Deus eterno, que se manifesta a todas as nações."[2] "O livro expõe as doutrinas do evangelho, delineia o plano de salvação e explica aos homens o que devem fazer para ganhar paz nesta vida e salvação eterna no mundo vindouro."

 

Críticas sobre o Livro de Mórmon 

 

A autenticidade do Livro de Mórmon é contestada pela quase totalidade dos arqueólogos, etnólogos, linguistas e historiadores, que apresentam, entre outras, estas incoerências:

  • Os povos descritos no Livro de Mórmon já aparentam estar na Idade do Ferro, mas os ameríndios da época da chegada de Colombo ainda estavam na Idade da Pedra Polida (não fabricavam instrumentos metálicos). Porém arqueólogos mórmons atestam que esse não era necessariamente o caso; as espadas descritas nas batalhas do Livro de Mórmon poderiam ser feitas de outros materiais como a obsidiana, uma espécie de vidro vulcânico. Os espanhóis encontraram esse tipo de armas entre os guerreiros astecas, às quais chamavam de Macuahuitl. A descrição do começo do Livro em que o profeta Néfi, recém-chegado de Jerusalém, começa a ensinar seu povo a trabalhar com metais pode ter sido idiossincrática àquele curto período, não necessariamente criando uma Idade do Ferro. Além disso, recentes descobertas trazem à luz várias evidências sugerindo que os antigos ameríndios já trabalhavam com metais.[3]
  • Alguns acham difícil conciliar a idéia de que cerca de 20 judeus teriam partido de Jerusalém para as Américas, em 600 a.C, com a de que, em menos de 30 anos, eles se tivessem multiplicado e se dividido em duas nações.(2 Nefi 5:28) Dentro de 19 anos após a sua chegada, esse grupo pequeno supostamente construiu um templo "segundo o modelo do templo de Salomão, e sua obra, portanto, era consideravelmente formosa" — sem dúvida, uma tarefa colossal. A construção do templo de Salomão, em Jerusalém, levou sete anos e ocupou cerca de 200.000 trabalhadores, artífices e capatazes. — 2 Néfi 5:16; comparado com 1 Reis 5, 6 Na mesma forma, é difícil conciliar que Noé, um profeta Bíblico, construiu uma arca que continha um par de cada tipo de animal na Terra. Defensores argumentam que o templo descrito por Néfi poderia seguir o modelo do Templo de Salomão apenas no que diz respeito à sua planta (salas, corredores, etc), não necessariamente obedecendo a escala.
  • O Livro de Mórmon fala de vastos povoamentos no continente norte-americano. Helamã 3:8 reza: "E sucedeu que se multiplicaram e se espalharam de forma tal que começou a ser povoada toda a face da terra." De acordo com Mórmon 1:7, a terra "se achava coberta com edifícios". Questiona-se, então, onde estão os vestígios dessas civilizações florescentes, tais como os artefatos dos nefitas, suas moedas de ouro, espadas, escudos e armaduras. — Alma 11:4; 43:18-20.
  • Alguns ainda afirmam que há uma certa discrepância entre os ensinamentos do Livro de Mormon e a Bíblia, como por exemplo o fato da Bíblia afirmar que Jesus Cristo nasceu em Belém (Mateus 1:20) e o Livro de Mórmon dizer que nasceu em a terra de Jerusalém. (Alma 7:10) O Livro de Mórmon, porém, nunca diz que Jesus Cristo nasceu na cidade de Jerusalém. Da tradução do Inglés desse versículo é difícil entender exatamente o que queria se dizer, uma vez que a preposição usada no original em Inglês é "at", não "in", enquanto esta última da mais a idéia de "dentro de", a primeira da idéia de "junto a", ambas são traduzidas como "em" no Português. Além disso o contexto da passagem em Alma 7:10 fala de Jerusalém como sendo a "terra de seus antepassados", não como "a cidade de seus antepassados". A expressão "terra de Jerusalém" é encontrada várias vezes no Livro de Mórmon, não é encontrada na Bíblia. Várias referências extra-bíblicas foram encontradas em apoio a expressão "terra de Jerusalém".

Já em 1957, Hugh Nibley mostrou que uma das cartas de Amarna, escritas no século XIII a. C. e descoberta em 1887, relatando a captura de "uma cidade da terra de Jerusalém, Bet-Ninib".[4] Como era esperado, esta e outras evidências acerca do uso deste tipo de terminologia no Mundo Antigo [5] foi ignorada por críticos do Livro de Mórmon. Dos Manuscritos do Mar Morto, chega-nos prova ainda mais específica da ocorrência da frase "terra de Jerusalém", ajudando-nos a perceber o seu significado, num texto que indiretamente relaciona a frase com a Jerusalém do tempo de Leí.

  • Existe ainda o uso de um nome de uma Capital para designar regiões circunvizinhas ou cidades satélites como por exemplo "Grande São Paulo" ou "Grande Rio", não sendo propriamente municípios de São Paulo ou Rio de Janeiro. Vale lembrar ainda que Alma estava ensinando aos descendentes de Néfi (nefitas), que nada sabiam sobre a terra da Palestina

"Mas eis que eu, Néfi , não ensinei meus filhos à maneira dos judeus…" (2 Néfi 25:6)

  • Robert Eisenmann e Michael Wise, (não mórmons), em The Dead Sea Scrolls Uncovered (1993), discutem um documento que chamaram provisoriamente "Pseudo-Jeremias" (manuscrito 4Q385). Começa assim este texto danificado:

…Jeremias o Profeta diante do Senhor […q]ue foram levados cativos da terra de Jerusalém [Eretz Yerushalayim, coluna 1, linha 2] (p. 58).

  • Na sua discussão deste texto, Eisenmann e Wise elaboraram o significado da frase "terra de Jerusalém," como o equivalente a Judah (Yehud):

"Uma outra interessante referência é a terra de Jerusalém na Linha 2 do Fragmento 1. Isto enormemente dá credibilidade ao sentido de historicidade como um todo, uma vez que Judá ou ‘Yehud’ (o nome da região em moedas do período Persa) por esta época consistia como sendo um pouco maior do que Jerusalém e suas regiões circunvizinha" (p. 57) Uma passagem das táboas de argila de El-Amarna, El-Amarna 290 que fala da "cidade na terra de Jerusalém" chamada Bît-Lahmi, que é o equivamente Cananita para o nome Hebreu conhecido com "Beth-lehen" nas Bíblias Inglesas e Belém nas Bíblias em Português. (Beth-Lehen signica Casa (=Beth) do Pão (Lehen) assim como o equivalente Cananita Bît-Lahmi!). Desta forma concluímos que nos tempos antigos a cidade de Belém foi considerada como sendo parte da "terra de Jerusalém".

  • Não há evidências arqueológicas que comprovam a existência das grandes cidades citadas no Livro de Mórmon, pois a localização dessas grandes cidades é uma incógnita, não sabemos exatamente em qual das três Américas se localizavam, ficando muito disperso o mapa de sua localização se basearmos pelo Livro de Mórmon. A Bíblia por exemplo, nos dá os locais exatos dos fatos relatados nos testamentos antigo e novo e podemos encontrar provas arqueológicas evidentes.
  • O Livro de Mórmon não cita a prática presente entre os mórmons - do batismo pelos mortos, ou o batismo em lugar e a favor dos mortos, embora a Bíblia faça referência a isso.
 

 

 

O
LIVRO DE MÓRMON
RELATO ESCRITO PELA
MÃO DE MÓRMON
EM PLACAS
EXTRAÍDO DAS PLACAS DE NÉFI

É, portanto, um resumo do registro do povo de Néfi e também dos lamanitas—Escrito aos lamanitas, que são um remanescente da casa de Israel; e também aos judeus e aos gentios—Escrito por mandamento e também pelo espírito de profecia e de revelação—Escrito e selado e escondido para o Senhor, a fim de que não fosse destruído—Para ser revelado pelo dom e poder de Deus, a fim de ser interpretado—Selado pela mão de Morôni e escondido para o Senhor a fim de ser apresentado, no devido tempo, por intermédio dos gentios—Para ser interpretado pelo dom de Deus.
Contém ainda um resumo extraído do Livro de Éter, que é um registro do povo de Jarede, disperso na ocasião em que o Senhor confundiu a língua do povo, quando este construía uma torre para chegar ao céu—Destina-se a mostrar aos remanescentes da casa de Israel as grandes coisas que o Senhor fez por seus antepassados; e para que possam conhecer os convênios do Senhor e saibam que não foram rejeitados para sempre—E também para convencer os judeus e os gentios de que Jesus é o Cristo, o Deus Eterno, que se manifesta a todas as nações—E agora, se há falhas, são erros dos homens; não condeneis portanto as coisas de Deus, para que sejais declarados sem mancha no tribunal de Cristo.
Tradução original das placas, para o inglês, feita
por Joseph Smith, Jr.

Primeira edição em inglês publicada em
Palmyra, Nova York, EUA, em 1830

 

INTRODUÇÃO

O Livro de Mórmon é um volume de escrituras sagradas comparável à Bíblia. É um registro da comunicação de Deus com os antigos habitantes das Américas e contém a plenitude do evangelho eterno.
O livro foi escrito por muitos profetas antigos, pelo espírito de profecia e revelação. Suas palavras, escritas em placas de ouro, foram citadas e resumidas por um profeta-historiador chamado Mórmon. O registro contém um relato de duas grandes civilizações. Uma veio de Jerusalém no ano 600 a.C. e posteriormente se dividiu em duas nações, conhecidas como nefitas e lamanitas. A outra veio muito antes, quando o Senhor confundiu as línguas na Torre de Babel. Este grupo é conhecido como jareditas. Milhares de anos depois, foram todos destruídos, exceto os lamanitas, que estão entre os antepassados dos índios americanos.
O acontecimento de maior relevância registrado no Livro de Mórmon é o ministério pessoal do Senhor Jesus Cristo entre os nefitas, logo após sua ressurreição. O livro expõe as doutrinas do evangelho, delineia o plano de salvação e explica aos homens o que devem fazer para ganhar paz nesta vida e salvação eterna no mundo vindouro.
Depois de terminar seus escritos, Mórmon entregou o relato a seu filho Morôni, que acrescentou algumas palavras suas e ocultou as placas no Monte Cumora. A 21 de setembro de 1823, o mesmo Morôni, então um ser ressurreto e glorificado, apareceu ao Profeta Joseph Smith e instruiu-o a respeito do antigo registro e da tradução que seria feita para o inglês.
No devido tempo as placas foram entregues a Joseph Smith, que as traduziu pelo dom e poder de Deus. Hoje o registro se acha publicado em diversas línguas, como testemunho novo e adicional de que Jesus Cristo é o Filho do Deus vivente e de que todos os que se achegarem a ele e obedecerem às leis e ordenanças do seu evangelho poderão ser salvos.
Com respeito a este registro o Profeta Joseph Smith declarou: “Eu disse aos irmãos que o Livro de Mórmon era o mais correto de todos os livros da Terra e a pedra fundamental de nossa religião; e que seguindo seus preceitos o homem se aproximaria mais de Deus do que seguindo os de qualquer outro livro.”
O Senhor providenciou para que, além de Joseph Smith, mais onze pessoas vissem as placas de ouro e fossem testemunhas especiais da veracidade e divindade do Livro de Mórmon. Seus testemunhos escritos estão aqui incluídos como “Depoimento de Três Testemunhas” e “Depoimento de Oito Testemunhas”.
Convidamos todos os homens de toda parte a lerem o Livro de Mórmon, ponderarem no coração a mensagem que ele contém e depois perguntarem a Deus, o Pai Eterno, em nome de Cristo, se o livro é verdadeiro. Os que assim fizerem e perguntarem com fé obterão, pelo poder do Espírito Santo, um testemunho de sua veracidade e divindade. (Ver Morôni 10:3–5.)
Os que obtiverem do Santo Espírito esse divino testemunho saberão, pelo mesmo poder, que Jesus Cristo é o Salvador do mundo, que Joseph Smith é o seu revelador e profeta nestes últimos dias e que A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é o reino do Senhor restabelecido na Terra, em preparação para a segunda vinda do Messias.